terça-feira, 7 de julho de 2015

Em busca das pedras perdidas

De acordo com a nova carta arqueológica do concelho de Marvão existe por cá um total de 264 sítios arqueológicos. Apesar de ser uma das regiões da Europa com maior concentração destes locais, a maior parte encontra-se dentro de terrenos privados e pouco acessíveis.

Visto isto, o Marvão à Vista convidou as irmãs Daniela Anselmo (antropologa) e Alexandra Anselmo (estudante finalista de arqueologia), para nos guiarem numa aventura. Procurar e localizar os registos arqueológicos mais visíveis e acessíveis.

Procuramos também sugestões dos residentes do concelho para nos ajudarem nesta missão.


Começámos pelo povoado do Monte Velho na freguesia da Beirã. Data da alta idade média e podem-se ver cerca de doze sepulturas escavadas em granito.








Fomos ainda descobrir o menir da Água de Cuba na freguesia de St. Ant. das Areias. Não foi fácil encontrar apesar de estar sinalizado a partir da estrada. Percebemos porquê... afinal é o menir mais pequeno da europa.


Vamos À do Ferro?

Copos, petiscos e amigos!
Este é o lema do Fernando e da Maria que abriram recentemente um cantinho muito especial na aldeia dos Galegos com o nome de "À do Ferro". De porta aberta todos os dias da semana, organizam às sextas-feiras um jantar convívio com direito a sopa, misto de grelhados, sobremesa e simpatia.

A esplanada é ideal para tardes e noites de calor. Conheçam se fazem favor.
Podem reservar através do nº 245 992 074.






Ora ponha aqui o seu pezinho - na Raia Alentejana

A noite estava quente, o público aderiu e a festa aconteceu.
O segundo encontro anual de Danças e Cantares Luso-Espanhol foi um sucesso e a cultura popular da raia alentejana mostrou-se no seu melhor.




Largadas de Santo António das Areias

A tradição ainda é o que era em Stº António das Areias no concelho de Marvão. As largadas no Largo da Igreja foram recuperadas pela associação de jovens - UJA e são sempre uma excelente oportunidade juntar o pessoal à volta da mesa, por as conversas em dia com os amigos e... eleger a melhor ganadaria da região. Neste caso o prémio foi para... Ganadaria dos Irmãos Serpa.



sexta-feira, 19 de junho de 2015

Coisas do antigamente no Museu Municipal de Marvão


"Maria, ainda ta lembras como foi?"

O Museu Municipal, instalado na Igreja de Santa Maria de Marvão desde 1987, 
o templo mais antigo da vila, reabriu este mês ao público, renovado e atualizado. 
Uma visita obrigatória para quem sobe à vila de Marvão.


O Museu mantém as suas características arquitetónicas originais, e reúne coleções de arte sacra, arqueologia e etnografia. Um espólio que inclui novas peças e materiais que se encontravam em reserva, permitindo, aos visitantes, um passeio pela história do concelho de Marvão, desde o Paleolítico aos tempos dos nossos avós.


segunda-feira, 10 de dezembro de 2012

Azeite com tradição e personalidade

"Antes havia mais de 30 lagares tradicionais aqui por perto, agora só existe este", afirma orgulhosamente o Sr. João Sequeira Carlos, que com 89 anos ainda dirige o lagar de Porto de Espada de que é dono. Tudo começou com a produção de vinho de marca "Aramenha" e depois acrescentou o azeite. "Já aqui trabalho há 65 anos e em tempos geria 4 lagares em simultâneo; do meu pai, do meu avô e do meu sogro."
O futuro deste lagar depende da força e personalidade do seu dono. Atualmente conta com o Sr. João José para manter o bom funcionamento das instalações, mas confessa que tem uma neta - a Teresinha - que é investigadora na área da química e que "gosta muito disto". Esperamos que siga as passadas do avô.
Os colaboradores Sr. Barradas e Sr. Dias.
O mestre responsável chama-se Sr. Manuel Joaquim.
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sexta-feira, 7 de dezembro de 2012

O vício do azeite

 
É uma pena a fotografia ainda não ter cheiro!
Cuidado! O azeite de Marvão além de cheirar mesmo a azeitonas, pode ser viciante! Muitos portugueses (tipo urbanos e suburbanos) desconhecem ainda uma evidência do mundo rural: o saudável sumo da azeitona, colhida à mão e processada no lagar sem corantes nem conservantes, não é nada semelhante ao "líquido oleado" de baixo custo que encontramos no supermercado com o nome de azeite. O aviso está feito. É provar para comprovar.

A oliveira não tem muito cheiro mas fica muito bem na fotografia.
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O meu azeite é melhor que o teu

 As oliveiras dos Galegos, muitas delas centenárias, conhecem bem as mãos da Sra. Maria Raposo Pires.
Para fazer azeite de qualidade é preciso ter boas oliveiras e "dar ao litro". Se para encher um garrafão de azeite são necessários 25 ou 30 Kgs de azeitonas, é fazer as contas e ver a trabalheira que dá. Cada oliveira tem a mesma rotina; abre-se uma rede à volta da árvore, coloca-se o escadote a jeito e limpa-se os raminhos todos com paciência e pouca conversa. Depois transporta-se para o lagar que trata do resto. O valor deste trabalho não faz o azeite mais barato mas a qualidade compensa.

Quem a vê trabalhar parece que tem 20 anos mas nesta altura conta com a ajuda do filho Joaquim Meira, que apesar de viver na Charneca da Caparica, lhe vem dar uma mãozinha. E já agora levar uns garrafões de azeite para a capital.
O Pedro é a nova geração dos galegos a tem o café "A Tasquinha". Também ele sabe que se quer ter azeite do bom para o ano que vem, tem de vir dar uma ajuda ao pai Tomás na apanha da azeitona enquanto a sua "patroa" toma conta do café.
O Sr. Mateus e a Sra. Jacinta de Stº António das Areias ainda não começaram a campanha porque o fruto não está suficientemente maduro. Lá mais para o final do mês se verá.